Minha viagem para Rondônia continua e levo comigo a história eu /ou a filosofia do livro “zen e a arte da manutenção de motocicletas” de Robert Pirsig. O livro é profundamente importante nos dias de hoje principalmente para quem gosta de filosofar como eu, mas não é da “qualidade” que quero comentar mas do “ engajamento” outro serviço que prestou Pirsig, quando relaciona “vida e paixões” no seu livro. Em 1984, indo buscar meus sonhos; na viagem de ônibus me deparei como as relações dentro e fora de um meio de transporte – ou na vida – são complexas.
De Cuiabá para Porto Velho, sem asfalto naqueles dias, as complexidades eram evidentes. Enquanto alguns queriam pressa, outros passageiros sentiam-se à vontade para se atrasar depois de alguma parada. Lógico que naquele momento essas divagações eram precipitadas, mas na viagem do presente pergunto-me: o que é liberdade? Sou livre – aqui na primeira pessoa – para criticar a minha história e quem sabe, encontrar outra. Como diria Saint-Étienne “ nossa história não é nosso código”.
Se a minha viagem é fruto da minha decisão por que não fazer? Lanço aqui ideias do meu filósofo – vivo – preferido, Luc Ferri, que nos ensina sobre Descartes: Ele (Descartes) “liberta a humanidade da obrigação, até então difícil de evitar, de buscar a fonte do sentido da vida fora de si mesma, na ordem cósmica ou no Esplendor de Deus: os homens finalmente podem tornar-se segundo sua expressão, como mestres e possuidores da natureza.”
Wake up, mas será que esse entendimento é suficiente para compreendermos o caminho? A viagem de hoje é um resgate desse primeiro impulso, rodeado de perguntas e paciência com os outros passageiros. Hoje é mais fácil entender por que muitos nesta viagem tem mais pressa para chegar, precisam encontrar à nova moradia, como eu na viagem anterior.
A viagem segue, ainda preciso relatar o encontro com um dos amores da minha vida.
Como diria Nietzsche, amor é a única coisa que pode nos movimentar.
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