Darwin não tinha medo de afirmar que, a única dúvida em sua teoria era a beleza da visão, não poderia ser apenas resultado da evolução. Pois é, se ele tinha dúvidas, imagina nós. Além da beleza, há o resultado prático. Captar todas as informações do meio e transformar – junto com o cérebro – em alguma informação. A questão principal pouco discutida nas escolas é por que não enxergamos igual. A história também passa pela desinformação ou pelos mitos.
Para os atomistas (sec. V aC.), os objetos soltam películas tênues, da mesma maneira como a ” cobra troca de pele, e essas películas (eidola) penetram no olho e são imediatamente captadas pela mente.” Exatamente o contrário do que conhecemos hoje como neurofisiologia da visão. Mas os atomistas acreditavam, pela lógica do tempo, que a matéria seria um conjunto organizado de partículas, ou seja, menores componentes da matéria. Me explico: são corpúsculos indivisíveis em movimento ” em um vazio infinito.” Para não complicar, substitui o indeterminismo do movimento dos átomos pelo determinismo”. Essas partículas invadiam nossos olhos e assim enxergávamos.
Sempre tive uma aproximação filosófica por Epicuro (atomista), não só pelas suas investidas no prazer e na amizade, mas também pela ousadia em mostrar que somos seremos mutantes, resultado de uma evolução. Certamente Darwin também gostava dele.
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