Muito antes de Freud, a disfunção orgásmica da mulher (anorgasmia) já era assunto dos homens, só em meados do século passado esse assunto se torna público. A pergunta sempre é a mesma: por que algumas mulheres não conseguem alcançar o orgasmo mesmo estando excitadas?
Me arrisco no assunto mesmo sabendo que isso é para especialistas, entretanto, hoje em dia é fácil pesquisar sobre o tema. A hipótese continua a mesma (Reich explicava assim). Emocionalmente, o clímax traz relaxamento, alívio de tensão e sensação de bem-estar. Quem não que isso?
Os contrastes aparecem quando as relações são prazerosas e mesmo assim, a mulher não tem orgasmo. Quando isso acontece seguidamente, a experiência íntima e orgástica, da lugar à duvidas. Principalmente quando o homem é inseguro e a mulher exigente. Os conflitos conjugais aparecem no decorrer dos encontros, como também, ressentimentos e a diminuição das relações sexuais.
Estima-se que entre 10 e 15% das mulheres (de todo o mundo) jamais teve um orgasmo e, 35% das mulheres brasileiras, sofre com a anorgasmia. Obviamente que todas estão insatisfeitas com a situação. A resposta sexual não mexe apenas com o corpo (físico), mas sim com a mente (psicológico) também. Se estes fatores não estiverem contemplados, certamente o orgasmo não ocorre. Imaginação na relação é fundamental.
São muitas as causas que podem disparar este recolhimento: fadiga, estresse e depressão. Antecedentes de abuso sexual. Timidez ao desejar algo do parceiro. Percepção de que a relação está chata. Atitudes negativas sobre o ato sexual, muitas destas, decorrente do aprendizado “tóxico.” E tantas outras causas.
Problemas médicos ou hormonais podem influenciar o gozo, mas estes são mais fáceis de diagnosticar. A dúvida e a angustia persistentes são em geral quando, não só um parceiro, mas vários, em tempo diferentes, não conseguem provocar o orgasmo.
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