O Lula foi apenas para você não desistir de continuar no site, creio que a notícia da liberdade do Lula desperta paixões e rancores, mas não é disso que quero comentar, mas sim, da nossa liberdade.
Se formos buscar uma definição conhecida de “Liberdade” encontraríamos por exemplo ” O direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém.”
Pois bem, não sei se uma definição como esta pode explicar “Liberdade”. Se assim fosse, não estaríamos aqui; para alguns, nem a companheira ou companheiro estariam próximos. Emprego? Nem vale a pena falar. Família? Um outro conceito subjetivo e abstrato para meu gosto, difícil de explicar. Escutemos a voz de Espinoza (1632-1677): ” Agir de acordo com sua natureza.” Explico, para Espinoza, a liberdade possui um elemento de identificação com a natureza do “ser”. Ele acreditava que, estando livre, o Homem exprime como tal em sua totalidade. Eu acrescento, sem fugir da responsabilidade.
Se ficarmos apenas em Spinoza, será que ainda mantemos a nossa natureza, ou, será que já descobrimos a nossa natureza? Para mim tudo isso é muito confuso e perfurante. Enquanto imaginamos a liberdade de ir e vir, esquecemos que nossos caminhos estão poluídos por medo, inseguranças, proibições, calúnias e perda de horizontes. Somos seres incompletos e sofremos porque perdemos a essência. Estamos órfãos em uma seara de “descaminhos” imaginando que a “liberdade” é libertadora.
Pensar sobre isso e agir requer sacrifício, trombadas e muita sinceridade, não sei se o humano quer pagar este preço. Iludir-se com a pseudo-liberdade é doença.
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